Arqueologia do Arraial Novo do Bom Jesus

Archaeology of the New Arraial of Bom Jesus

Forte do Arraial Novo do Bom Jesus

  • Nome histórico: Forte do Bom Jesus.
  • Designação popular: Forte do Arraial Novo do Bom Jesus.
  • Nome de tombamento: Arraial Novo do Bom Jesus.
  • Outras designações históricas:
    • Forte do Bom Jesus;
    • Forte do Bom Jesus (novo);
    • Fortim do Arraial Novo do Bom Jesus;
    • Forte do Arraial do Bom Jesus;
    • Fortim do Arraial do Bom Jesus.
  • Número de registro do sítio UFPE/LA: PE 0207-Cb.
  • Referências / identificação: Referência documental, localização conhecida.
  • Capitania: Pernambuco.
  • Estado: Pernambuco.
  • Município: Recife.
  • Localização: Recife, bairro do Engenho do Meio.
  • Localidade: Av. do Forte, Engenho do Meio, Recife.
  • Latitude: 008° 03' 23,1" Sul.
  • Longitude: 034° 55' 51,7" Oeste.

Histórico

Durante a invasão holandesa a Pernambuco, após a saída de Maurício de Nassau, as condições político econômicas tornavam-se cada vez mais insustentáveis. Portugal há pouco saído do julgo espanhol, lutava por reconquistar suas posições político-econômicas na Europa. No Brasil, recomeçava com ímpeto a campanha para libertação do julgo holandês. O comando da Resistência já não podia mais instalar-se nas sedes dos engenhos, conhecidas dos holandeses e sem maiores estruturas de defesa. Elegeu-se então um sítio, afastado do litoral, mas a meio caminho de diferentes acessos utilizados pelos invasores. Dali podiam sair os campanhistas em sortidas e atalhar, atacar troços do inimigo.

A artilharia do Forte Real do Bom Jesus (novo) salvou pela primeira vez, ao romper-se o ano de 1646.

Dali partiram as tropas luso-brasileiras para atalhar as forças holandesas que se dirigiam ao sul de Pernambuco, tendo lugar a Primeira Batalha dos Guararapes (10/04/1648), um marco decisivo para a vitória dos brasileiros. Daí também partiram, dez meses após, para outro combate decisivo, a Segunda Batalha dos Guararapes (19/02/1649).

O Forte do Bom Jesus é uma das poucas fortificações em terra construídas no Brasil, cujos vestígios ainda se encontram aparentes. Embora pouco discernível aos olhos menos treinados, o delineamento de suas estruturas ainda pode ser percebido.

  • Quanto ao tombamento: Tombado federal.
  • Processo: 942-T-76. Livro Histórico Vol. 1 Folha 80 Inscrição 467 08/04/1980.
  • Ocupação atual do sítio: Praça pública administrada pela Prefeitura da Cidade do Recife.
  • Condições para visitação: Em área pública, de livre acesso.
  • Restrições à visitação: Sem restrições.
  • Estado de conservação: O sítio se encontra em estado vestigial.
  • Natureza dos remanescentes: Estruturas em terra, que ainda permitem visualizar-se os antigos bastiões, as cortinas, e a área de terrapleno.
  • Tipo de trabalho realizado: Reconhecimento, plotagem, documentação fotográfica.
  • Fatores de destruição: Desuso / abandono; agentes naturais e antrópicos.
  • Nível de risco de destruição: A cobertura vegetal rasteira exerce um relativo controle da erosão, entretanto o trânsito de pedestres e ciclistas em determinadas áreas, vem sulcando o terreno e deformando as estruturas em terra.
  • Condições / recomendações p/ escavação: Existe potencial para escavação arqueológica.
  • Medidas sugeridas: Controle de ações para preservação das estruturas remanescentes, em terra.
  • Data da última avaliação: 11/02/98.
  • Fotografado em: 07-Mar-97.
  • Data mais recuada: Fins de 1645 início da construção.