Arqueologia do Forte Castelo do Mar

Archaeology of the Fort Sea Castle

  • Nome histórico: Castelo do Mar.
  • Designação popular: Castelo do Mar.
  • Outras designações históricas:
    • Castrum Maritimus.
    • Castello Marítimo
    • Reduto da Barra de N.S. de Nazaré";
    • Forte de Nossa Senhora de Nazaré (?).
  • Número de registro do sítio UFPE/LA: PE 0188-Ls.
  • Referências / identificação: Referências textuais e iconográficas; localização conhecida.
  • Capitania: Pernambuco.
  • Estado: Pernambuco.
  • Município: Cabo de Santo Agostinho.
  • Localização: Cabo de Santo Agostinho.
  • Localidade: Próximo ao Povoado de Nazaré, sobre o pontal do Cabo.
  • Latitude: 008o 21' 25,4" Sul.
  • Longitude: 034o 56' 45,6" Oeste.

Histórico

A denominação Castelo do Mar foi também utilizada para um outro Forte, assentado sobre os arrecifes no porto do Recife – o Forte de São Francisco, da Laje, ou do Picão. Estava montado sobre os rochedos, bem acima da entrada do porto, na barra. Uma entrada difícil, arriscada, mesmo para os que bem a conheciam. A longa linha de arrecifes que defende a enseada, era interrompida apenas a poucos metros dos rochedos, deixando uma passagem estreita entre as pedras, onde o mar nem sempre é calmo. Ao contrário, sob a ação dos ventos, as ondas batem com força no paredão natural, subindo pelas escarpas, tornando arriscada a passagem entre as pedras.

Este fora talvez o ponto mais importante a ser defendido daquele porto ao sul da Capitania. A fortificação era constituída de uma muralha que a fechava por três lados. A face voltada para a enseada, se comentava em 1763, 'que fora de novo principiada mas não fora concluída'. Não era fechada na face voltada para o continente.

Internamente a defesa era dividida em duas baterias, uma das quais estava caída em 1763.

Contava internamente com cinco cômodos distribuídos entre o corpo da guarda, armazém para as balas,casa dos apetrechos para a artilharia, a casa de pólvora e um pequeno vestíbulo que dava acesso à casa da pólvora. Ali não haviam quartéis, nem casa do comandante.Estas acomodações ficavam em uma construção a parte, a montante: o "quartel do forte".

A cartografia coeva registra o Castelo do Mar, localizado sobre a extremidade do cabo, junto à barra, em uma área rochosa, batida pelo mar.

Na historiografia, alguns autores admitem que o forte construído sobre o rochedo, na ponta do cabo, seria o Forte de Nazaré.

Tal situação, entretanto, não corresponde àquela descrita por autores coevos.

Duarte de Albuquerque Coelho critica Bagnuolo com dureza pela construção do Forte de Nazaré, no Cabo de Santo Agostinho, pois, segundo o Donatário, a única coisa que o Forte de Nazaré tinha de bom era uma ermida da santa, pois fora edificado em terreno arenoso e em posição tal que não defendia nem a entrada da barra nem o Pontal.

Tais dúvidas com relação à identificação dos fortes, decorrem muitas vezes do fato de alterarem-se os nomes pelos quais os fortes são referidos, quando de sua tomada pelos inimigos.

Outro fator que também concorre, é a utilização de um mesmo nome para estruturas diferentes, que se sucederam do tempo.

Ademais, na iconografia coeva, os fortes de Nazaré e o Castelo do Mar, estão indicados como estruturas diferentes.

Por outro lado, na iconografia mais recente, uma planta de 1763, existente no Arquivo Histórico Ultramarino, cujas estruturas correspondem àquelas das ruínas sobre os rochedos junto à barra, na posição correspondente ao Castelo do Mar, da iconografia seiscentista, traz em seu título "Reduto que se acha na Barra de N.S. de Nazaré", (e não "Forte de Nossa Senhora de Nazaré").

  • Quanto ao tombamento: Não é tombado.
  • Ocupação atual do sítio: Aberto à visitação pública. As ruínas do sítio estão em área aberta. Eventualmente, faz-se o controle da vegetação.
  • Condições para visitação: Em área pública, de livre acesso.
  • Restrições à visitação: Sem restrições.
  • Estado de conservação: Estado parcial (<75% >25%).
  • Natureza dos remanescentes: Estruturas arquitetônicas.
  • Tipo de trabalho realizado: O sítio foi em parte escavado pela Fundarpe. Em diferentes ocasiões, parte das muralhas foi restaurada pelo IPHAN. Documentação fotográfica.
  • Fatores de destruição: Desuso / abandono/ agentes naturais/ antrópicos.
  • Nível de risco de destruição: Desuso / abandono / Agentes naturais/antrópicos.
  • Medidas sugeridas: Consolidação das estruturas remanescentes e controle da vegetação invasora (sobretudo a que se instalou nas muralhas e paredes). Inclusão em roteiros para visitação.
  • Data da última avaliação: 09/10/97.
  • Fotografado em: 13-Out-97.
  • Data mais recuada: Primeira metade do século XVII.